domingo, 5 de dezembro de 2010

Defeituoso feitio.



Sou eu, eterna sonhadora, de coração mole, irremediavelmente indecisa.
Eu sonho com tudo, vôo sobre as mais altas expectativas e depois, acontece o inevitável, bato com a cabeça no chão de uma altura enormesca de tão alto ter voado, sem dar por isso.
Não me perdôo se o fizer, se não o fizer também não, se disser a verdade arrependo-me, se mentir sinto-me culpada, não digo nada. Adoro o Inverno, poder enrolar-me nos cobertores e arranjar motivo para ficar na cama um domingo inteiro e a Primareva, ai a Primavera, as flores, os cheiros, as cores, os ventos e as borboletas na barriga; o Verão, o mar e o sol sempre tão expectante e a noite mais linda composta por estrelas tão invulgarmente brilhantes, não gosto do Outono mas, mesmo assim, qual prefiro...
Não gosto que saibas o que realmente sinto, fico mais fraca, mais vulnerável, fico sensivelmente à mostra e completamente na tua mão, eu sou eu aparentemente, sou fria, distante, forte, não posso, não deixo e não quero que vejas, que sintas, que saibas que eu lá no fundo, sou outra história.
Não perco o control, nunca. Quem sou eu sem este tortuoso poder, ninguém, alguém perdido, assustado, sem máscara ou disfarçe possível.
Quando te encontrei, desencontrei-me sem me aperceber, enredei por caminhos que não soube decorar para agora voltar, às origens. Atraíste-me com esse teu jeito desajeitado. Envolveste-me com esses teus braços irrecusavelmente confortáveis. Com essa parvoíce cómica que te é tão natural. Que raio!
Quem é que é parva agora? Cega, sem graça, ingénua não.
Já me virei e dei o primeiro passo, não olhei, não olho para trás mas a minha mão ainda não te largou, ainda não se desenbaraçou da tua, tem vida própria e pouca intelegência, por sinal.
Já sabia, já previa o futuro como uma vidente vigarista e mesmo assim o quis. Agora não prevejo eu o que vai acontecer, sei o que quero, o que sinto mas não é sufuciente.
Faltas tu como excepção que deverias ser mas não és, no meu mundo. Falta o que me pertence, que agora é teu por direito, ou não.
Ai se eu mandasse, se pudesse, só por um segundo, o mundo não era suficiente para me agarrar, para me deter, nem tu, nem eu mesma.
Máscaras para tapar cicatrizes, cansada estou eu. Consciência? Que ser mais inconveniente.
Tudo ao meu redor me dá uma vontade imensa de aniquilar o mundo e mais alguma coisa.
Não quero saber de mais N-A-D-A, hoje.

4 comentários:

  1. « Quando te encontrei, desencontrei-me sem me aperceber, enredei por caminhos que não soube decorar para agora voltar, às origens. » adorei, sobretudo esta parte *

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  2. Não sei o que me aconteceu! Entras-te na minha vida como se nada fosse, de repente apercebi-me que afinal eras mais do que eu pensava. Hoje estou aqui a uma semana de deixar tudo para começar de novo, tal como tu. Há algo que me diz para não ir. Tu não sabes o que sinto por ti mas acredita é algo forte algo muito forte. Eu pensava que sabia muita coisa sobre o amor, afinal não é assim tão fácil.
    Nunca pensei que um dia isto fosse acontecer comigo estar assim por causa de uma miúda de 16 anos com 1.5m XD mas pelos vistos o que me levou a ficar assim foi essa tua maturidade de pensar na vida. Tens 16 anos ainda vais aprender muita coisa, acredita que gostava que aprendesses tudo isso comigo mas infelizmente para mim não dá. Só quero que sejas feliz e que não sofras muito sobre este assunto.
    Gostava de ser teu para sempre estar naquele quentinho que só tu e eu é que sabemos com todos aqueles abraços e beijos que eu adoro. Só te peço que não te esqueças do que se passou no dia 11 de Dezembro de 2010.
    Vais guarda-lo para mais tarde ser substituído por um real. Acredita que me vou embora mas tu não vais sair da minha cabeça e vou estar sempre á tua espera aconteça o que acontecer e quando digo á tua espera tanto é cá como lá.
    Eu acredito e dentro da minha cabeça imagino que nós um dia vamos ficar juntos.

    Adoro-te para não te dizer ***-te
    <3
    A vida são 2 dias!

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  3. estou seguindo. LINDO LINDO, A-D-O-R-E-I.

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