
Hoje, à noite, quando olhei o céu, este estava diferente, estava mais sombrio, mais frio, tinha tonalidades de um roxo muito escuro, a fugir para o cinzento, mas ao fundo, bem longe, este tornou-se mais claro. Apenas uma luz cintilante se reflectia nos meus olhos, quase invisível.
Nesse momento uma brisa leve atravessou-me o corpo, aquela sensação de frio que se apoderou de mim levou-me a desejar que estivesses aqui para me fazeres sentir o conforto do teu abraço e me dares a segurança que só tu sabes dar.
A verdade é que mexes comigo, mexes de um modo que não sei explicar, de uma maneira que me deixa incrivelmente irritada, comigo mesma. Não sou capaz de o admitir. Desculpa.
Não me quero meter por uma rua e vir a descobrir que não tem saída; voltar atrás, descobrir de novo uma nova rua iria ser demasiado penoso para mim.
E, por isso, sigo mas mesmo assim, enquanto sigo, deixo o meu rasto marcado para que, se quiseres, me sigas, me dês a mão e me digas que não faz mal encontrarmos ruas sem saída se estivermos juntos.
Mas se isso não acontecer, se o rasto deixado por mim já tiver sido levado pelo vento quando decidires segui-lo, se já for tarde, nunca te esqueças, não deixes que sejam esquecidos, todos aqueles momentos, não deixes que seja apenas mais um capítulo, nunca me esqueças, por favor.
Sem comentários:
Enviar um comentário