terça-feira, 17 de julho de 2012

viva la vida


Encerrei hoje uma fase da minha vida. Sente-se, agora, pequenas pontadas de nostalgia e, ainda que longe da vista e do coração neste momento, tenho comigo a certeza de que um dia se sentirão pontadas de saudade.
Em retrospectiva vejo os mais hilariantes momentos e os mais dilacerantes também. Ainda sinto, no corpo, o frio das tempestades por que fui abordada e ainda me lembro onde estão guardados os destroços. Ainda me fervem os joelhos pelas rasteiras que a vida me pregou e ainda me é difícil aceitar que ela se resuma a isto. Mas, por outro lado, faltam-me as palavras para umas poucas, boas pessoas que mantêm o meu coração aquecido e o meu corpo rosado todos os dias, pois existe um motivo de força maior que, obrigando o coração a bombear o sangue, os pulmões a fazer as trocas gasosas necessárias à sobrevivência humana e dando cor a tudo o que não a tenha, ultrapassa tudo que é passível de compreender, que é o amor em todas as suas forças possíveis de se sentir . E, é por esses queridos seres, pelos momentos que marcam uma vida, por todo um conjunto de uns tantos outros motivos, que todos os dias traço um novo rumo, rumo a uma nova batalha.
É agora que, tendo os sentidos mais apurados do que nunca, me apercebo das mais diversas coisas, me consciencializo de outras poucas e questiono muitas.
Ponho em causa tudo o que de mim faz parte, tudo o que em mim se dá como sonho, tudo o que tenha como condição a existência.
É hora para testar os sonhos, perseguir as ambições, saciar os desejos, exercitar a astúcia e matar a preguiça, pois é de todo verdade que só os melhores sobrevivem neste mundo louco, não os mais inteligentes mas os mais aptos. É hora de fazer as malas e encontrar novas paredes para me resguardarem nas noites frias.
Todas as coisas velhas, a casa dos pais e os pais, e mesmo tu, meu amor, tudo isso fica como está, onde está, tudo isso fica para marcar alguma temporalidade e constância, para que nem tudo seja novo e diferente, para que eu tenha onde voltar ou regressar, a rir ou a chorar, para que os caminhos que me fizeram chegar até aqui não sejam esquecidos e para que possam ser de novo percorridos, uma e outra vez.
Por fim, o tão aguardado momento, as doce férias...

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